História dos lácteos

História dos lácteos

Um alimento único, presente desde sempre.

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História dos lácteos

O consumo de leite remonta a tempos pré-históricos, concretamente ao Neolítico.

Antes do Neolítico, o homem adulto não conseguia beber leite. Apenas as crianças possuíam a enzima lactase ativa que lhes permitia assimilar a lactose do leite materno. Esta capacidade desaparecia com a idade.

Mas há cerca de onze mil anos, a agricultura e a pecuária começaram a desenvolver-se no Médio Oriente e os pastores começaram a aprender a fazer os primeiros “iogurtes”, que mais não eram do que leites fermentados, e os primeiros queijos. Sem saberem, inventavam processos que permitiam reduzir a lactose do leite para níveis que o seu organismo conseguia tolerar, através de processos simples de fermentação. 

Foi esta revolução civilizacional que marcou os primeiros passos da agropecuária e uma consequente maior complexidade na organização social.

Só vários milhares de anos depois, se verificou na Europa uma transformação genética que deu ao Homem a capacidade de manter a produção da lactase durante toda a vida. Esta adaptação trouxe uma nova fonte nutritiva que podia sustentar comunidades inteiras se as colheitas falhassem, o que se traduziu numa enorme vantagem para essas populações.

No século XX a evolução tecnológica permitiu pasteurizar e ultrapasteurizar o leite sem lhe retirar propriedades, e ao mesmo tempo, estender o seu acesso e conservação. Estes fatores conduziram à massificação do seu consumo e, atualmente, o leite é acessível a todos e constitui um dos alimentos mais completos, quer em termos nutricionais, quer em termos da multiplicidade de utilizações que pode ter, desde queijo a manteiga, iogurtes ou natas.